Ding… ding… ding…
Bate a chuva leve e
fria,
Como quem foge e se
esguia
Dos caminhos da
amargura.
Tic… tic… tic…
Bate a chuva nesta
gente,
Que se julga
diferente
E se enaltece da
loucura
Splash…splash…splash…
Bate a chuva em toda
a bota,
Rico ou pobre não
importa,
Só se salvam com
ventura.
Tlic… tlic… tlic…
Bate a chuva em cada
poço,
Escorrendo por todo o
troço,
Matando a sede com
ternura.
Não há mais som que a
chuva faça,
Para além do sino da
desgraça,
Que ela badala quando
passa
E rende á sua força,
seus irmãos.
Não há fogo, terra ou
vento,
Que se oponham ao
tormento,
De todo ou qualquer
momento
Que esta se tente
manifestar.
Chega a terra e
dá-lhe o poder,
Que jamais alguém
poderá vencer,
Ao qual só nos podemos
render
E esperar a fúria
passar.
Vem o vento e dá-lhe
a ligeireza,
Que por muita que
seja a beleza,
Nos embosca numa
tremenda tristeza,
De nunca a
conseguirmos travar.
|
Já o fogo lhe é
indiferente,
O controla
solenemente,
E se gaba rapidamente
Do seu poder de
dominar.
Blash… pfush… trush…
Bate a chuva em todo
o lado,
Deixando tudo
arrasado,
Quando nos vem
visitar.
|
Caros leitores, é do meu agrado que este simples suporte literário, suscite a vossa mais profunda imaginação, ou muito simplesmente, capte a vossa atenção. A linhas que aqui vos deixo, são a marca de várias passagens da minha vida ou da vida de alguém. Agradeço que, se dispuserem do devido tempo, me deixem a vossa mais sincera e construtiva opinião, para que melhore a minha produção. As vossas opiniões serão parte do fundamento para o Futuro dos meus trabalhos. Sanches
Fúria da Chuva
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